Sim. O que você está vendo aí em cima é um esporte-protótipo fugindo de outro, em uma pista que parece homenagear Nürburgring Nordschleife. Sim, isso é imagem real de um autorama. Não, provavelmente você nunca viu uma câmera onboard dessas (são microcâmeras, daquelas do tamanho de chaveiros) nos tempos em que brincava com o autorama do Ayrton Senna ou do Nelson Piquet. Sim, em alguns deles as forças G laterais e longitudinais fazem tudo mais parecer uma viagem psicodélica que um mini track day.
Não clique se você acabou de tomar café da manhã… ou almoçar.
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Vamos começar com a mini-NASCAR. Aqui, a sacada é a posição da câmera, apontada para os perseguidores – cuja movimentação os faz parecer com tubarões famintos. Sei que vou estragar a manhã de vocês, mas o barulho do motor desse carrinho traz memórias desagradáveis de qualquer consultório dentário. Dá até pra sentir o cheiro de osso queimado. Mas, deixem isso pra lá: notem como nessa câmera dá pra perceber o jogo de transferência de peso longitudinal quando o piloto solta o acelerador na entrada de curva. É um belo tranco. Ainda assim, nada que possa ser comparado ao terrível acidente que acontece aos 55 segundos: bandeira amarela na pista inteira!
Vamos começar com a mini-NASCAR. Aqui, a sacada é a posição da câmera, apontada para os perseguidores – cuja movimentação os faz parecer com tubarões famintos. Sei que vou estragar a manhã de vocês, mas o barulho do motor desse carrinho traz memórias desagradáveis de qualquer consultório dentário. Dá até pra sentir o cheiro de osso queimado. Mas, deixem isso pra lá: notem como nessa câmera dá pra perceber o jogo de transferência de peso longitudinal quando o piloto solta o acelerador na entrada de curva. É um belo tranco. Ainda assim, nada que possa ser comparado ao terrível acidente que acontece aos 55 segundos: bandeira amarela na pista inteira!
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Provavelmente você passou direto pelo primeiro vídeo pra ver logo o esporte-protótipo andando em Le Nordschleife, ou NürburgringMans – a pista parece misturar elementos desses dois templos (não perca a Karrussell aos 16 segundos) . Sabe, ver uma pista estilo diorama, com cenário completo, grama, morros, público, placas, boxes e pontes, já é impressionante o suficiente. Ver tudo isso lá de baixo, como se fosse um piloto miniatura, traz outra dimensão à coisa. No meu tempo, não tinha essa de autorama digital, desses que você consegue escolher em qual lado da pista você vai em entroncamentos. Pra fechar o outro, só batendo o carrinho e bloqueando o caminho.
Agora, uma pergunta: será que estou ficando louco ou o barulho desse carrinho lembra mesmo o de umPorsche seis cilindros arrefecido a ar?
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Este é praticamente uma versão “para a frente” do primeiro vídeo. Pus este aqui mais porque o desenho e o clima da pista lembra os bons e velhos tempos do autorama. Quem mora em São Paulo deve se lembrar das pistas nas Av. Santo Amaro, R. Augusta, Av. Henrique Schaumann, atrás do Parque do Ibirapuera… Monza, Parolu, Silverstone… etc. Bons tempos do cheiro dos contatos fritos, borracha queimada, benzina pra limpar os chassis e o tal do glub pra dar uma aderência extra. Hoje, pra mim, a única diferença é a escala dos brinquedos: o cheiro é de combustão, a borracha continua, gasolina serve pra limpar óleo e, na arrancada, VHT é o tal do glub.
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Já este vale pelo elemento bizarro. Pra ser honesto, não tem nada de bizarro. É apenas esquisito ver a proporção que tomam as pessoas na sala, assistindo TV, fofocando ou simplesmente aturando os outros correndo de autorama, quando se está lá embaixo. E é incrível como um simples abajur de luz amarelada dá um toque bucólico tão forte ao ponto de vista do piloto-miniatura. Por sinal, o título do vídeo está errado: o carrinho é Carrera Scalextric na escala 1/32 (ou até menor), e não 1/24 – esta última deixaria os carrinhos com cerca de 15 cm de comprimento!
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Deixei o pior – entenda como o melhor – por último. Antes de apertar play, certifique de que já faz meia hora que você fez a sua refeição e de que você alongou bem os músculos, principalmente os do pescoço. Este é um daqueles carrinhos aerodinâmicos. Sim, aqueles que você nunca entendeu porque os caras pintavam suas bolhas, já que mal é possível vê-las quando estão correndo. Detalhe: o autor do vídeo diz que andou DEVAGAR, para a câmera não sair voando. Só não dá pra entender por que ele não acelera nas retas, mas desce o dedo sem dó em algumas curvas…
Aos 12 segundos, um Porsche passa batido e se esborracha na mureta de contenção. Outro acidente, grave, acontece com um Chevy Monte Carlo aos 29 segundos. E não perca o carro de Majin Boo em 1:07.
Os caras estão usando microcâmeras como essas traquitanas aí em cima, conhecidas como Spy Camera.Elas custam cerca de 50 doletas lá fora, no Ebay. Fico pensando em quanta coisa dá pra fazer com uma câmera dessas: colocar em componentes de suspensão, plantá-la na cabeça de um soldado GI Joe antes de soltá-lo do terraço de um prédio (com o famoso para-quedas, vulgo saco plástico de supermercado), pagar uma de repórter-policial da Rede Bobo, instalá-la dentro do capacete antes de ir pra pista...
