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terça-feira, 3 de novembro de 2009

Carros elétricos: por que eles são escassos no Brasil?

A resposta está em um outro experimento: o etanol



Os carros elétricos vêm se popularizando rapidamente no mercado automobilístico, principalmente na Europa e Estados Unidos. As japonesas Nissan e Mitsubishi já produzem em larga escala. A General Motors é outra que investe cada vez mais nesse tipo de veículo. A montadora norte-americana, inclusive, tem no Chevrolet Volt um dos modelos mais aguardados pelos consumidores. 

Pouca gente sabe, mas um dos poucos exemplos nacionais é o Gurgel, lançado em 1974 no interior de São Paulo. O automóvel foi o primeiro a ser construído na América Latina, mas não teve sucesso por causa do alto preço – cerca de R$ 28 mil nos dias de hoje – e da pouca autonomia gerada pelas 10 baterias instaladas no veículo. Mas se no exterior esses veículos ecológicos ganham notoriedade e investimento, porque no Brasil, onde as vendas de carros crescem a cada ano, ainda não vemos nenhum exemplo concreto?

Atualmente as baterias para carros elétricos são feitas de íon de lítio, o que permite que um veículo desse tipo chegue a ser 300% mais verde do que um modelo equipado com motor a combustão. No entanto, a produção de energia elétrica para mover os automóveis pode ser considerada o calcanhar de Aquiles. Para dar conta da demanda, seria necessário aumentar a quantidade de usinas hidrelétricas, termoelétricas ou nucleares, responsáveis por grande parte das emissões de poluentes em todo o mundo. Outro ponto a ser questionado é o descarte das baterias que já não tiverem mais condições de serem aproveitadas.

Diante da atual falta de infraestrutura nacional para o desenvolvimento dos veículos elétricos e da prioridade criada em cima dos biocombustíveis, esses automóveis devem começar a chegar aos consumidores brasileiros em, no mínimo, cinco anos. No atual cenário, o Brasil deve contar com carros movidos a eletricidade apenas para serviços que não necessitam percorrer grandes distâncias e que requerem produção em menor escala.